As folhas da Mangifera indica L. (mangueira) demonstram alto potencial nutricional e terapêutico. Um estudo recente revelou que o pó dessas folhas possui rica composição química, com destaque para carboidratos, proteínas e fibras, além de excelentes propriedades técnico-funcionais. Análises avançadas (FTIR, TGA, DRX e MEV) confirmaram sua viabilidade para uso industrial. A presença de compostos bioativos, como mangiferina e flavonoides, confere ao pó ações antioxidante, anti-inflamatória, antidiabética e antitumoral, indicando seu potencial como ingrediente funcional em alimentos, cosméticos e medicamentos.
A bioacessibilidade é de extrema importância para compreender a fração de
compostos bioativos que se tornam disponíveis para absorção no trato gastrointestinal
humano. Dentre esses compostos, os fenólicos se destacam significativamente por seus
inúmeros benefícios à saúde, incluindo propriedades antioxidantes, anti-inflamatórias,
antidiabéticas e anticancerígenas. Esses compostos, amplamente encontrados em frutas,
vegetais e grãos, desempenham um papel crucial na prevenção de diversas doenças
crônicas e enfermidades graves, como o câncer, especialmente aqueles que afetam o
trato gastrointestinal. Para avaliar a bioacessibilidade desses compostos, são utilizados
métodos in vitro e in vivo que simulam a digestão, utilizando modelos estáticos e
dinâmicos. Esses métodos permitem uma análise detalhada e aprofundada dos processos
de absorção. Fatores como o processamento de alimentos, a composição da matriz
alimentar e as interações com outros nutrientes influenciam diretamente a
bioacessibilidade dos compostos fenólicos. Portanto, é essencial realizar pesquisas mais
aprofundadas para melhorar a compreensão dos mecanismos de bioacessibilidade e
otimizar a biodisponibilidade desses compostos bioativos.