A qualidade, procedência e manejo sanitário são aspectos cruciais na produção de
alimentos, especialmente no caso do leite, que é consumido diretamente ou utilizado na
fabricação de derivados lácteos. Controlar a qualidade do leite é essencial para garantir
a segurança do produto e maximizar o rendimento para o produtor rural. A limpeza
adequada das instalações e equipamentos é fundamental para evitar a contaminação por
bactérias que podem comprometer a saúde dos consumidores. Além disso, a
manutenção correta das instalações contribui para o bem-estar animal, assegurando a
segurança alimentar e a qualidade do produto final. Este artigo tem como objetivo
analisar a importância da higiene na sala de ordenha e seu impacto direto na qualidade
do leite produzido. Serão identificadas práticas essenciais de higiene, examinada a
relação entre higiene e qualidade do leite, e investigadas as consequências sanitárias,
com base em dados quantitativos e estudos recentes.
A fibra na dieta de bovinos leiteiros desempenha um papel essencial na
manutenção da saúde ruminal e na qualidade do leite produzido, representa a fração de
carboidratos de digestão lenta ou indigestível e, dependendo de sua concentração e
digestibilidade, impõe limitações ao consumo de matéria seca e energia. Quando
excesso de fibra é incluído em uma ração, sua densidade tende a diminuir. Contudo,
quando os níveis mínimos de fibra não são alcançados ou a forragem apresenta
partículas inadequadas em termos de tamanho, diversos distúrbios metabólicos podem
ocorrer, como acidose, deslocamento do abomaso, redução do teor de gordura do leite,
entre outros. Este trabalho visa informar e relacionar a importância da fibra na
qualidade do leite e suas implicações quando ausente na dieta.
A Contagem de Células Somáticas (CCS) é uma ferramenta crucial para
avaliar a saúde do rebanho e a qualidade do leite. Como indicador de mastite, a CCS
prejudica a composição nutricional do leite, afetando teores de lactose, proteína,
gordura e sólidos totais. Essas alterações comprometem a qualidade industrial do leite,
dificultando processos como pasteurização e fabricação de derivados lácteos, além de
impactar o mercado. A CCS também tem implicações econômicas significativas, como
perdas na produtividade, penalizações no preço pago ao produtor e aumento nos custos
com tratamentos e manejo. Cada aumento de 100 mil células/mL pode reduzir a
produção em até 1,5% por vaca, evidenciando a importância de práticas preventivas e
monitoramento constante. O controle eficaz da CCS envolve higiene rigorosa na
ordenha, manutenção de equipamentos, diagnóstico precoce de mastite e adequação às
normas de qualidade, conforme as diretrizes do MAPA. Investimentos em treinamento
de equipe, tecnologia e estratégias de manejo devem ser analisados quanto ao custobenefício, garantindo a sustentabilidade financeira. Promover ações integradas entre
todos os agentes da cadeia produtiva é essencial para melhorar a qualidade do leite,
aumentar a rentabilidade dos produtores e fortalecer o setor lácteo como um todo.
A produção de leite no Brasil representa uma parcela significativa da
produção mundial, sendo um alimento completo e rico em nutrientes. O Estado de
Goiás está na sexta posição em relação à captação de leite nacional. Diversas variáveis,
como dieta dos animais e condições sanitárias, influenciam a composição do leite cru. O
objetivo deste trabalho foi avaliar as características químicas e microbiológicas do leite
de quatro vacas com genótipo A2A2 em uma propriedade rural no município de
Morrinhos, Goiás. Os resultados mostraram variações significativas nos teores de
gordura, proteína, lactose e contagem de células somáticas (CCS) entre os animais
avaliados. A composição do leite foi influenciada por fatores como manejo, dieta e
fisiologia individual dos animais. A pesquisa ressalta a necessidade de monitoramento
constante e sugere a implementação de estratégias de manejo individualizados para
otimizar a qualidade do leite, além da importância de práticas adequadas de manejo e
seleção genética para melhorar a qualidade do leite.
O Brasil tem na agropecuária leiteira uma das suas principais atividades
econômicas, sendo considerado o quinto maior produtor mundial de leite. O Estado de
Goiás está na sexta posição em relação à captação de leite nacional. É necessário o
monitoramento da qualidade físico-química do leite bem como o desenvolvimento de Boas
Práticas Agropecuários dos produtores rurais a fim de cumprir a legislação vigente e
melhoria constante da qualidade do leite cru. Objetivou-se avaliar a composição físicoquímica do leite cru de vinte e duas vacas de uma propriedade rural localizada na Região
Sul do Estado de Goiás. Verificou-se resultados inferiores aos exigidos pela legislação,
principalmente em relação aos teores de gordura, proteína total, sólidos totais e CCS. Tal
fato, além de não atender às exigências da legislação impacta diretamente na produção de
derivados lácteos, pois proporciona menor rendimento na transformação do leite em
produtos. Esses resultados sugerem que novos experimentos precisam ser conduzidos,
principalmente em relação à busca por melhorias da qualidade físico-química desse leite