O desenvolvimento de revestimentos e filmes biodegradáveis para queijos tem
ganhado destaque na indústria alimentícia devido à necessidade de melhorar a
conservação e a segurança dos produtos, ao mesmo tempo em que se busca soluções
sustentáveis. Este artigo revisa os avanços recentes nesse campo, explorando materiais
como proteínas do soro de leite, amido e quitosana. Os revestimentos à base de soro de
leite se destacam por sua alta disponibilidade, baixo custo e propriedades nutricionais,
além de sua eficácia em reduzir a carga microbiana e minimizar a perda de peso dos
queijos. O amido, abundante e não tóxico, tem sido amplamente estudado por sua
capacidade de formar uma matriz contínua, melhorando as características sensoriais e a
vida útil dos produtos. A quitosana, por sua vez, é valorizada por suas propriedades
antimicrobianas e biodegradabilidade, sendo eficaz contra uma variedade de microorganismos. Estudos mostram que a incorporação de compostos bioativos, como óleos
essenciais e antioxidantes, potencializa ainda mais a eficácia desses revestimentos,
proporcionando uma barreira protetora que mantém a qualidade dos queijos durante o
armazenamento. A revisão conclui que o uso de bio embalagens inovadoras não apenas
prolonga a vida útil dos queijos, mas também contribui para a sustentabilidade
ambiental, oferecendo alternativas naturais aos conservantes sintéticos. Continuar a
pesquisa e o desenvolvimento de novas formulações é essencial para atender às
crescentes demandas por produtos lácteos de alta qualidade e seguros, beneficiando
consumidores e produtores.
O tomate é uma das hortaliças mais presente no prato dos brasileiros e vem
sendo cultivado em todo o país, sendo muito apreciado pelo seu sabor tanto in natura
quanto processado. Apesar do seu alto consumo por todo o mundo, apresentam elevada
perda pós-colheita devido aos danos mecânicos que acontecem ao longo da cadeia
produtiva do tomate. Com isso, objetivou-se com este trabalho avaliar o efeito da queda
de tomates de gondolas de supermercado sobre a qualidade físico-química e vida útil
dos tomates. Os tomates italianos foram divididos em dois grupos, sendo um grupo
submetido a queda de 1,20 m de altura. As amostras foram armazenadas, sob
temperatura ambiente, durante 15 dias. As avaliações quanto a sólidos solúveis totais,
acidez titúlavel total em ácido orgânico, perda de massa fresca, umidade e resistência a
compressão, foram realizadas a cada três dias. Os dados referentes às análises de póscolheita foram analisados estatisticamente pelo teste de Tukey (p≤ 0,05) e teste de tstudent (p≤ 0,05). Os tomates submetidos a queda apresentaram senescência antes do
último dia de armazenamento. Os tomates controle apresentaram menor perda de massa
fresca, menor acidez e maior resistência a compressão durante o armazenamento
indicando que os danos mecânicos gerados pelas quedas no supermercado reduzem a
vida útil dos frutos e afetam seus atributos de qualidade. Não houve diferença
significativa entre as amostras quanto aos parâmetros sólidos solúveis totais e umidade.