As Plantas Alimentícias Não Convencionais (PANC) apresentam fatores
nutricionais superiores em relação a algumas hortaliças convencionais. Pesquisas têm
relatado que alimentos saudáveis possuem propriedades funcionais e promotoras de
benefícios à saúde. Entre as plantas alimentícias não convencionais, destaca-se a da
família Cactáceae, a espécie Pereskia aculeata, denominada no Brasil de ora-pro-nóbis,
distribuída geograficamente na Caatinga, no Cerrado e na Mata Atlântica. A ora-pronóbis produz folhas, flores, frutos e todos são comestíveis. A investigação referente aos
frutos ainda é escassa na literatura. Diante disso, o presente trabalho teve como objetivo
realizar a caracterização físico-químicas e a desidratação osmótica dos frutos da orapró-nobis. (Pereskia aculeata Miller). O experimento foi realizado no Instituto Federal
do Goiano – Campus Morrinhos, no laboratório de Panificação e no Laboratório de
Análise de Alimentos. A matéria-prima foi adquirida na cidade de Morrinhos-GO.
Foram analisados frutos in natura e após a desidratação osmótica em diferentes
concentrações de sacarose (40, 50 e 60 °Brix). Em geral, os resultados mostraram que
os frutos ora-pro-nóbis possuem quantidades significativas de vitamina C. E com a
desidratação osmótica pode-se observar que na concentração de 50 °Brix teve maior
redução da água livre e que conseguiu conservar o teor de vitamina C. Pode-se concluir
que os frutos de Pereskia aculeata Miller, apresentaram boa qualidades físico-químicas
e a desidratação osmótica é uma alternativa para conservação do fruto.
A romã é conhecida por seus efeitos benéficos a saúde, principalmente por suas
propriedades antioxidantes e é amplamente cultivada em diferentes regiões do mundo, o
que reflete na grande diversidade de composição dos frutos. Este trabalho tem como
objetivo determinar as análises físico-químicas e os teores de compostos fenólicos dos
frutos da romã, oriundos do município de Morrinhos-GO. Após o despolpamento dos
frutos, casca, polpa e semente foram realizadas as seguintes análises de pH, sólidos
solúveis, umidade, vitamina C e compostos fenólicos totais. O conteúdo de vitamina C
encontrado na casca foi de 63,32 mg/100 g, sendo maior que ao encontrado na polpa que
foi de 40,31 mg/100 g. Já para os fenólicos totais, o extrato hidroalcoólico apresentou
maior eficiência na casca 1,74 mgEAG/100 g, e o extrato aquoso apresentou maior
eficiência na semente 1,55 mgEAG/100 g. O fruto da romã apresenta-se resultados
expressivos para os compostos fenólicos.
As castanhas de baru (Dipteryx alata Vog.), guariroba (Syagrus oleracea) e de
pequi (Caryocar brasiliensis) são culturas do cerrado brasileiro, suas amêndoas
consumidas principalmente in natura, as quais são ricas em minerais, vitaminas e
nutrientes. Dessa forma, objetivou-se avaliar e comparar as características físico-químicas
das castanhas do cerrado. Foram realizadas as seguintes análises: umidade, teor de cinzas,
pH, acidez titulável, sólidos solúveis totais e vitamina C. Em relação à umidade, a castanha
de guariroba apresentou o menor teor de umidade de 1,52%, enquanto o pequi apresentou
o maior valor de umidade de 13,80%. Já em relação ao teor de cinzas, as castanhas de baru
e pequi não se diferiram estatisticamente. A faixa de pH encontrada para as castanhas foi
de 5,57 a 6,85, que caracteriza as castanhas como um alimento pouco ácido, o que pode
propiciar maior atividade bacteriana caso não exista controle da umidade. Os valores de
acidez não tiveram diferença significativa para guariroba e para o pequi. Os teores de
sólidos solúveis totais das castanhas de baru e guariroba não se diferiram, porém a
castanha do pequi ficou abaixo das demais, indo de acordo ao teor de umidade encontrado.
A castanha que apresentou maior teor de vitamina C foi a de guariroba (31,01 mg/100g).