ATIVIDADE BACTERICIDA DOS ÓLEOS ESSENCIAIS DE CRAVO, HORTELÃ-PIMENTA, MANJERONA E LIMÃO TAHITI SOBREListeria monocytogenes

Este capítulo faz parte da coletânea de trabalhos apresentados na VII Semana de Alimentos (Semal), publicado no livro: Avanços e Pesquisas em Ciência dos Alimentos: Novas Tendências e Aplicações. – Acesse ele aqui.

DOI: 10.53934/agronfy-2025-03-45

ISBN:

Bruna Azevedo Balduino *1; Michelle Carlota Gonçalves 1; Anderson Henrique Venâncio 1; Mônica Aparecida da Silva 1; Monique Suela Silva 2;Jéssica Raquel Sales Carvalho de Souza 1;Fernanda Pereira 1;Roberta Hilsdorf Piccoli

*Autor correspondente (Corresponding author) – Email: brunaazevedo.94@hotmail.com

RESUMO

Listeria monocytogenes é um patógeno capaz de se desenvolver em superfícies de processamento de alimentos e formar biofilmes, sendo uma grande preocupação para a indústria alimentícia por causar listeriose, devido a ingestão de alimentos contaminados. Os óleos essenciais (OEs) são compostos naturais com potencial para serem utilizados como alternativa aos conservantes sintéticos em alimentos. O objetivo do estudo foi determinar as concentrações mínimas bactericidas (CMB) dos OEs de cravo, hortelã-pimenta, manjerona e limão Tahiti sobre L. monocytogenes ATCC 19117. A CMB foi determinada pela técnica de microdiluição em caldo. Preparou-se o caldo TSB acrescido de 0,6% de extrato de levedura (TSB-YE) e 0,5% de Tween 80 para diluição dos OEs que foram utilizados em concentrações variando de 2 a 0,015% (v/v). Realizou-se a inoculação de alíquotas de 10 µL da cultura padronizada nas cavidades da microplaca contendo 150 µL de TSB-YE acrescido de Tween 80 e das concentrações dos OEs com subsequente incubação a 37 °C por 24 h. Após esse período, realizou-se o plaqueamento por microgotas em meio TSA acrescido de 0,6% de extrato de levedura, seguido de incubação das placas. A menor concentração do OE em que não houve crescimento do microrganismo em placa foi denominada CMB. Os OEs de cravo, hortelã-pimenta e manjerona apresentaram ação bactericida, com uma CMB de 0,5%, 1% e 2%, respectivamente, o que demonstra um potencial para serem utilizados como conservantes naturais. Já o OE de limão Tahiti não foi capaz de inibir o crescimento de L. monocytogenes nas concentrações utilizadas no estudo.

Palavras-chave: conservantes naturais; patógenos alimentares; segurança dos alimentos

INTRODUÇÃO

As doenças transmitidas por alimentos podem ocorrer devido a ingestão de água ou alimentos contaminados por microrganismos patogênicos como fungos, vírus ou bactérias e suas toxinas, sendo uma séria ameaça à saúde humana nos últimos anos (1, 2).

A contaminação dos alimentos pode ocorrer em diversas etapas da produção, desde a matéria-prima, processamento até o armazenamento e distribuição, seja por baixa qualidade da matéria-prima, falhas no processo de higienização, não aplicação das boas práticas de fabricação, dentre outros vários fatores (2). Desse modo, alguns patógenoscomo Escherichia coli, Staphylococcus aureus, Salmonella e Listeria monocytogenes são comumente transmitidos por alimentos e causadores de infecção mesmo em baixas concentrações (1, 3).

Listeria monocytogenes é uma bactéria Gram-positiva, em formato de bastonete, anaeróbia facultativa, não formadora de esporos, que se destaca entre os diversos patógenos alimentares devido sua alta resistência e persistência dentro da indústria alimentícia. Já que é capaz de suportar condições adversas como baixa atividade de água, altas concentrações de sal e amplas faixas de pH e temperatura, o que permite sua sobrevivência por um longo período de tempo dentro da indústria de alimentos e sua aderência às superfícies de processamento podendo levar a formação de biofilmes. Sendo, portanto, um grande desafio para a indústria (4, 5, 6, 7, 8, 9).

O consumo de alimentos contaminados por L. monocytogenes pode causar sérios riscos, pois essa bactéria é causadora de listeriose, uma doença de origem alimentar com altas taxas de letalidade que afeta principalmente grupos mais susceptíveis como idosos, mulheres grávidas, recém-nascidos e indivíduos imunocomprometidos. A listeriose pode causar sintomas como uma gastroenterite, meningite, septicemia, nascimento prematuro ou aborto em mulheres grávidas, sendo os principais alimentos associados à contaminação por L. monocytogenes carnes e produtos cárneos, peixes, leite cru, produtos lácteos, vegetais e produtos prontos para o consumo (Read to Eat) (6, 10, 11, 12, 13, 14).

Desse modo, é preciso utilizar métodos de conservação dos alimentos que sejam capazes de garantir a segurança e evitar potenciais riscos à saúde do consumidor. Os conservantes sintéticos têm sido amplamente utilizados pela indústria para evitar a contaminação microbiana e as reações de oxidação. No entanto, devido a uma busca cada vez maior dos consumidores por saudabilidade, aumentou-se a procura por produtos que sejam considerados nutritivos, seguros e com rótulo limpo (“clean label”), levando a um aumento das pesquisas por alternativas naturais em substituição aos conservantes sintéticos. Dentre essas alternativas, os óleos essenciais surgem como uma proposta promissora (15, 16, 17, 18, 19, 20).

Os óleos essenciais são uma mistura complexa de compostos naturais, voláteis e odoríferos provenientes do metabolismo secundário de plantas, que podem ser sintetizados por suas diversas partes como flores, frutos, folhas, caules, botões, casca, sementes e raízes. Esses compostos possuem diversas propriedades biológicas como atividades antifúngicas, antioxidantes, antivirais, antiparasitárias, anti-inflamatórias, anticancerígenas e antibacterianas, que permitem sua utilização em diferentes áreas como o setor de cosméticos, medicamentos, alimentos, dentre outros (21, 22, 23, 24, 25).

Os óleos essenciais também são reconhecidos como GRAS (Generally Recognized As Safe) pela FDA (Food and Drug Administration), o que permite sua utilização em alimentos. Isso, associado, principalmente, às suas propriedades antimicrobiana e antioxidante faz com que eles tenham potencial para serem utilizados como conservantes naturais em alimentos para controlar o crescimento de patógenos e microrganismos deterioradores e garantir maior vida útil e segurança dos produtos (24, 26, 27).

Desse modo, conhecendo-se o potencial antibacteriano dos óleos essenciais e seu potencial para serem utilizados como uma alternativa aos conservantes sintéticos em alimentos, o objetivo do trabalho foi avaliar a atividade bactericida dos óleos essenciais de cravo, manjerona, hortelã-pimenta e limão Tahiti sobre Listeria monocytogenes ATCC 19117 com o intuito de que esse trabalho possa contribuir com futuras pesquisas no desenvolvimento de conservantes naturais a base de óleos essenciais.

MATERIAL E MÉTODOS

LOCAL E CONDUÇÃO DO EXPERIMENTO

O experimento foi realizado no Laboratório de Microbiologia de Alimentos no Departamento de Ciência dos Alimentos da Universidade Federal de Lavras (UFLA), na cidade de Lavras-MG, Brasil.

ÓLEOS ESSENCIAIS

Os óleos essenciais de cravo (Eugenia caryophyllus), hortelã-pimenta (Mentha piperita) e limão Tahiti (Citrus aurantifolia) foram adquiridos da empresa Ferquima® e o óleo essencial de manjerona (Origanum majorana) foi adquirido da empresa Terra Flor.

MICRORGANISMO, MANUTENÇÃO E PADRONIZAÇÃO DO INÓCULO

A cepa bacteriana utilizada no estudo foi Listeria monocytogenes ATCC 19117, cedida pelo Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS) da Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ) e mantida no Laboratório de Microbiologia de Alimentos do Departamento de Ciência dos Alimentos da UFLA.

A cepa de L. monocytogenes foi ativada em caldo triptona de soja acrescido de 0,6% (m/v) de extrato de levedura (TSB-YE), seguida de incubação a 37 °C por 24 h. A cultura estoque foi obtida por transferências de alíquotas de 1 mL da cultura ativa para microtubos que foram centrifugados a 7700 xg por 5 minutos. Após a centrifugação o sobrenadante foi descartado e a massa celular obtida foi ressuspensa com adição e homogeneização de 1 mL de meio de congelamento (glicerol: 15 mL; peptona bacteriológica: 0,5 g; extrato de levedura: 0,3 g; NaCl: 0,5 g; água destilada: 100 mL). A cultura estoque foi mantida a -18 °C durante o período de execução do experimento.

A padronização do inóculo a 108 UFC/mL foi realizada mediante curva de crescimento, na qual o desenvolvimento do microrganismo foi monitorado por leituras periódicas da absorbância (D.O. 600 nm) em espectrofotômetro (BEL SP-2000) e plaqueamento de alíquotas da cultura em ágar triptona de soja acrescido de 0,6% de extrato de levedura (TSA-YE). As placas foram incubadas a 37 °C por 24 h para posterior quantificação das colônias e padronização das culturas.

Os inóculos foram obtidos pela transferência de alíquotas de 1 mL da cultura estoque para tubos de ensaio contendo 10 mL de TSB-YE e incubação a 37 °C por 24 h. Após esse período, alíquotas de 1 mL das culturas foram transferidas para frascos contendo 100 mL de TSB-YE e incubadas a 37 °C pelo tempo necessário para atingir 108 UFC/mL.

DETERMINAÇÃO DA CONCENTRAÇÃO MÍNIMA BACTERICIDA

A concentração mínima bactericida (CMB) dos óleos essenciais foi determinada pela técnica de microdiluição em caldo (28), com adaptações, em microplacas de poliestireno com 96 cavidades. Os óleos essenciais foram utilizados nas concentrações de 2; 1; 0,5; 0,25; 0,12; 0,06; 0,03; 0,015% (v/v).

Alíquotas de 10 µL da cultura padronizada foram inoculadas nas cavidades das microplacas contendo 150 µL de TSB-YE acrescido de Tween 80 e das concentrações dos óleos essenciais. As microplacas foram incubadas a 37 °C por 24 h. Após esse período, alíquotas de 10 μL das culturas de cada cavidade foram plaqueadas em TSA-YE empregando-se a técnica de plaqueamento em microgotas e incubadas a 37 °C por 24 h. A menor concentração do óleo em que não houve crescimento do microrganismo em placa foi denominada CMB. O experimento foi realizado com três repetições em triplicata. Foram utilizados um controle negativo contendo TSB-YE acrescido de 0,5% de Tween 80 e das concentrações dos óleos essenciais e um controle positivo, contendo TSB-YE acrescido de Tween 80 e 10 µL da cultura padronizada.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

As concentrações mínimas bactericidas encontradas para os óleos essenciais de cravo, hortelã-pimenta, manjerona e limão Tahiti testados sobre L. monocytogenes podem ser observadas na Tabela 1.

Os óleos essenciais de cravo, hortelã-pimenta e manjerona apresentaram atividade bactericida quando testados in vitro sobre L. monocytogenes ATCC 19117. Sendo o óleo essencial de cravo o que apresentou menor CMB (0,5%) e, portanto, melhor atividade bactericida, seguido dos óleos de hortelã-pimenta (1%) e manjerona (2%). Já o óleo essencial de limão Tahiti não foi capaz de inibir o crescimento da bactéria nas concentrações testadas neste trabalho, sendo necessário avaliar concentrações mais altas do óleo essencial para determinar sua CMB.

No entanto, a utilização de altas concentrações não é recomendada para a aplicação de óleos essenciais como conservantes naturais em alimentos, já que os óleos essenciais possuem forte sabor e odor que podem causar alterações sensoriais indesejáveis no produto (29, 30).

São diversos os fatores que influenciam na eficiência dos óleos essenciais, como o método de extração do óleo, identificação e quantificação dos constituintes químicos, microrganismos alvo e interações com a matriz alimentar (26). Desse modo, é possível perceber que a atividade antibacteriana varia de um óleo para outro, pois está relacionada com a composição do óleo essencial e com a concentração de óleo utilizada.

A ação antimicrobiana dos óleos essenciais não está relacionada a um único mecanismo de ação, mas sim com várias alterações que ocorrem em toda a célula. Os óleos essenciais podem causar alteração do perfil de ácidos graxos e da estrutura da membrana celular, aumento da permeabilidade, extravasamento do conteúdo celular, danos às proteínas de membrana, coagulação do citoplasma, inibição da funcionalidade da parede celular, inibição da formação de biofilmes, depleção da força próton-motriz e inibição do fluxo de elétrons e síntese de ATP (31, 32).

Cui et al. (33) avaliaram o mecanismo de ação do óleo essencial de cravo sobre L. monocytogenes e observaram que ele pode agir na estrutura celular e causar danos irreversíveis à membrana celular, ocasionando o vazamento de biomacromoléculas (DNA, ATP e proteína) e enzimas extracelulares (β-galactosidase e fosfatase alcalina), além de inibir a atividade fisiológica de L. monocytogenes afetando metabólitos e enzimas-chave do ciclo do ácido tricarboxílico. Os autores também relataram que o eugenol, composto majoritário do óleo essencial de cravo, pode causar mudanças na estrutura do DNA.

Filgueiras e Vanetti (34) também demonstraram uma efetividade do eugenol na produção de listeriolisina O (LLO) por L. monocytogenes, já que em seus estudos ocrescimento da bactéria na presença de eugenol resultou na inibição de 80 a 100% da produção de LLO.

Somrani et al. (35) encontraram valores de concentração mínima inibitória (CMI) de 0,05 mg/mL e 0,1 mg/mL para o óleo essencial de cravo testado sobre L. monocytogenes e Salmonella Enteritidis, respectivamente. Martins (36) avaliou a atividade antibacteriana do óleo essencial de cravo-da-índia sobre L. monocytogenes ATCC 19117 e encontrou uma CMB de 0,3%, valor próximo ao encontrado neste trabalho.

Outros trabalhos têm relatado a ação antibacteriana do óleo essencial de hortelã- pimenta. Ashrafudoulla et al. (37) encontraram uma concentração mínima inibitória (CMI) de 62,5 μL/mL do óleo essencial de hortelã-pimenta quando testado sobre L. monocytogenes, Pseudomonas aeruginosa e Salmonella Typhimuruim. Enquanto Silva et al. (38) encontraram uma CMI de 1,84 μg/mL quando testado sobre S. aureus e L. monocytogenes e valores de concentração mínima bactericida (CMB) de 3,7 e 7,43 μg/mL para S. aureus e L. monocytogenes, respectivamente.

A ação antilisterial do óleo essencial de manjerona também é relatada em diferentes estudos. Barbosa et al. (39) testaram o óleo essencial de manjerona sobre L. monocytogenes e encontraram uma CMI de 0,46%. Já Krasniewska et al. (40) encontraram uma CMI de 0,9% para o óleo essencial de manjerona quando testado sobre L. monocytogenes. Alboofetileh et al. (41) desenvolveram filmes nanocompósitos de alginato/argila adicionados de óleos essenciais de manjerona, cravo e canela e observaram que em todas as matrizes de filme o óleo essencial de manjerona foi o que apresentou a maior atividade antimicrobiana e que os filmes contendo 1,5% do óleo essencial de manjerona reduziram a população de L. monocytogenes, E. coli e S. aureus em 6,33, 4,52 e 5,8log, respectivamente.

Embora o óleo essencial de limão Tahiti não tenha apresentado atividade bactericida nas concentrações utilizadas no trabalho, outros estudos tem relatado sua ação antibacteriana. O óleo essencial de limão Tahiti pode agir nas células bacterianas, causando danos na membrana, seguido do vazamento de compostos celulares como proteínas, ácidos nucleicos e íons K+ e Ca2+ e seu principal composto, o limoneno tem demonstrado potencial antimicrobiano relacionado à inibição e regulação enzimática, à interrupção da tradução na síntese de proteínas e à inibição da síntese da parede celular (42).

Han, Zhichang e Chen (43) estudaram a susceptibilidade de L. monocytogenes ao limoneno e observaram que este causou a destruição da integridade celular e da parede de L. monocytognes, além de agir na permeabilidade da membrana celular, causando o aumento da condutividade e o vazamento de biomacromoléculas intracelulares (ácidos nucleicos e proteínas) e inibir a função do complexo da cadeia respiratória afetando a respiração e o metabolismo energético.

Os diversos compostos presentes nos óleos essenciais estão relacionados com sua atividade antimicrobiana. Segundo Yousefi, Khorshidian e Hosseini (20), timol, carvacrol, eugenol, cinamaldeído, limoneno, carvona, α e β-pineno e ρ-cimeno estão entre os principais compostos dos óleos essenciais que exercem atividade antilisterial por meio de diferentes mecanismos.

Desse modo, conforme observado nesse e em outros trabalhos, os óleos essenciais possuem ação antibacteriana, sendo uma alternativa promissora para serem utilizados como conservantes naturais em alimentos. No entanto, para comprovar a eficácia dos óleos essenciais e utilizá-los como conservantes naturais deve-se considerar também as alterações que a matriz alimentar pode causar em seu mecanismo de ação, sendo necessário testar sua aplicação em algum produto alimentício, além de realizar mais testes com diferentes cepas de microrganismos.

CONCLUSÕES

Os óleos essenciais de cravo, hortelã-pimenta e manjerona apresentaram ação bactericida sobre L. monocytogenes ATCC 19117 com valores de CMB de 0,5%, 1% e 2%, respectivamente. O que demonstra o potencial desses óleos para serem utilizados em pesquisas futuras para o desenvolvimento de conservantes naturais. Já o óleo essencial de limão Tahiti não obteve ação sobre L. monocytogenes nas concentrações utilizadas neste estudo, sendo necessário realizar mais testes com diferentes concentrações para avaliar sua possível ação bactericida.

AGRADECIMENTOS

Os autores agradecem à Universidade Federal de Lavras (UFLA), à Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), à Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (FAPEMIG) e ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

REFERÊNCIAS

1. Gao R, Liu X, Xiong Z, Wang G, Ai L. Research progress on detection offoodborne pathogens: The more rapid and accurate answer to food safety. Food ResInt. 2024;193.

2. Schirone M, Visciano P, Tofalo R, Suzzi G. Biological hazards in food. FrontMicrobiol. 2017;7.

3. Dai G, Yao H, Yang L, Ding Y, Du S, Shen H, Mo F. Rapid detection of foodbornepathogens in diverse foodstuffs by universal electrochemical aptasensor based onUiO-66 and methylene blue composites. Food Chem. 2023;424.

4. Bhunia AK. Foodborne microbial pathogens: mechanisms and pathogenesis. NewYork: Spring Science Business; 2008.

5. Colagiorgi A, Bruini I, Di Ciccio PA, Zanardi E, Ghidini S, Ianieri A. Listeriamonocytogenes biofilms in the wonderland of food industry. Pathogens. 2017;6(3).

6. Kawacka I, Olejnik-Schmidt A, Schmidt M, Sip A. Natural plant-derived chemicalcompounds as Listeria monocytogenes inhibitors in vitro and in food modelsystems. Pathogens. 2021;10(1).

7. Kocaman N, Sarimehmetoğlu B. Stress responses of Listeria monocytogenes. AnkÜniv Vet Fak Derg. 2016;63(4):421-7.

8. Kocot AM, Olszewska MA. Biofilm formation and microscopic analysis of biofilmsformed by Listeria monocytogenes in a food processing context. LWT. 2017;84:47-57.

9. Roberts BN, Chakravarty D, Gardner JC, Ricke SC, Donaldson JR. Listeriamonocytogenes response to anaerobic environments. Pathogens. 2020;9(3).

10. Buchanan RL, Gorris LGM, Hayman MM, Jackson TC, Whitinge RC. A review ofListeria monocytogenes: An update on outbreaks, virulence, dose-response,ecology, and risk assessments. Food Control. 2017;75:1-13.

11. Radoshevich L, Cossart P. Listeria monocytogenes: towards a complete picture ofits physiology and pathogenesis. Nat Rev Microbiol. 2018;16(1):32-46.

12. Rafieian-Kopaei M, Saki K, Bahmani M, Ghafourian S, Sadeghifard N,Taherikalani M. Listeriosis phytotherapy: A review study on the effectiveness ofIranian medicinal plants in treatment of listeriosis. J Evid-Based Compl AlternMed. 2017;22(2):278-83.

13. Rodriguez C, Taminiau B, García-Fuentes E, Daube G, Korsakc N. Listeriamonocytogenes dissemination in farming and primary production: Sources,shedding and control measures. Food Control. 2021;120.

14. Zhu Q, Gooneratne R, Hussain MA. Listeria monocytogenes in fresh produce:outbreaks, prevalence and contamination levels. Foods. 2017;6(3).

15. Calo JR, Crandall PG, O’Bryan CA, Ricke SC. Essential oils as antimicrobials infood systems–A review. Food Control. 2015;54:111-9.

16. Ju J, Xie Y, Guo Y, Cheng Y, Qian H, Yao W. The inhibitory effect of plantessential oils on foodborne pathogenic bacteria in food. Crit Rev Food Sci Nutr.2019;59(20):3281-92.

17. Mutlu-Ingok A, Devecioglu D, Dikmetas DN, Karbancioglu-Guler F, Capanoglu E.Antibacterial, antifungal, antimycotoxigenic, and antioxidant activities of essentialoils: An updated review. Molecules. 2020;25(20).

18. Papadochristopoulos A, Kerry JP, Fegan N, Burgess CM, Duffy G. Natural antimicrobials for enhanced microbial safety and shelf-life of processed packagedmeat. Foods. 2021;10(7).

19. Rao JJ, Chen BC, McClements DJ. Improving the efficacy of essential oils asantimicrobials in foods: mechanisms of action. Annu Rev Food Sci Technol.2019;10(10):365-87.

20. Yousefi M, Khorshidian N, Hosseini H. Potential application of essential oils formitigation of Listeria monocytogenes in meat and poultry products. Front Nutr.2020;7.

21. Bakkali F, Averbeck S, Averbeck D, Idaomar M. Biological effects of essential oils- A review. Food Chem Toxicol. 2008;46(2):446-75.

22. Khayyat SA, Roselin LS. Recent progress in photochemical reaction on maincomponents of some essential oils. J Saudi Chem Soc. 2018;22(7):855-75.

23. Li Y-X, Erhunmwunsee F, Liu M, Yang K, Zheng W, Tian J. Antimicrobialmechanisms of spice essential oils and application in food industry. Food Chem.2022;382.

24. Pandey AK, Kumar P, Singh P, Tripathi NN, Bajpai VK. Essential oils: Sources ofantimicrobials and food preservatives. Front Microbiol. 2017;7.

25. Vergis J, Gokulakrishnan P, Agarwal RK, Kumar A. Essential oils as natural foodantimicrobial agents: a review. Crit Rev Food Sci Nutr. 2015;55(10):1320-3.

26. Da Silva BD, Bernardes PC, Pinheiro PF, Fantuzzi E, Roberto CD. Chemicalcomposition, extraction sources and action mechanisms of essential oils: Naturalpreservative and limitations of use in meat products. Meat Sci. 2021;176.

27. Saeed K, Pasha I, Jahangir Chughtai MF, Ali Z, Bukhari H, Zuhair M. Applicationof essential oils in food industry: challenges and innovation. J Essent Oil Res.2022;34(2):97-110.

28. CLSI Clinical and Laboratory Standards Institute. Methods for antimicrobialsusceptibility of anaerobic bacteria. 9th ed. Wayne: CLSI document M100; 2019.

29. Hou T, Sana SS, Li H, Xing Y, Nanda A, Netala VR, Zhang Z. Essential oils and itsantibacterial, antifungal and anti-oxidant activity applications: A review. FoodBiosci. 2022;47.

30. Mukurumbira AR, Shellie RA, Keast R, Palombo EA, Jadhav SR. Encapsulation ofessential oils and their application in antimicrobial active packaging. Food Control.2022;136.

31. Yammine J, Chihib N-E, Gharsallaoui A, Dumas E, Ismail A, Karam L. Essentialoils and their active components applied as: free, encapsulated and in hurdletechnology to fight microbial contaminations. A review. Heliyon. 2022;8 (12).

32. Zhang L, Piao X. Use of aromatic plant-derived essential oils in meat and derivedproducts: Phytochemical compositions, functional properties, andencapsulation. Food Biosci. 2023;53.

33. Cui H, Zhang C, Li C, Lin L. Antimicrobial mechanism of clove oil on Listeriamonocytogenes. Food Control. 2018;94:140-6.

34. Filgueiras CT, Vanetti MCD. Effect of eugenol on growth and listeriolysin Oproduction by Listeria monocytogenes. Braz Arch Biol Technol. 2006;49:405-9.

35. Somrani M, Debbabi H, Palop A. Antibacterial and antibiofilm activity of essentialoil of clove against Listeria monocytogenes and Salmonella enteritidis. Food SciTechnol Int. 2022;28(4):331-9.

36. Martins AP. Atividade bactericida de antimicrobianos naturais sobre Listeriamonocytogenes inoculada em mortadela [tese]. Lavras: Universidade Federal deLavras; 2016.

37. Ashrafudoulla M, Mevo SIU, Song M, Chowdhury MAH, Shaila S, Kim DH, NaharS, Toushik SH, Park SH, Ha S-D. Antibiofilm mechanism of peppermint essentialoil to avert biofilm developed by foodborne and food spoilage pathogens on foodcontact surfaces. J Food Sci. 2023;88(9):3935-55.

38. Silva WMF, Bona NP, Pedra NS, Cunha KD, Fiorentini AM, Stefanello FM,Zavareze ER, Dias ARG. Risk assessment of in vitro cytotoxicity, antioxidant andantimicrobial activities of Mentha piperita L. essential oil. J Toxicol EnvironHealth, Part A. 2022;85(6):230-42.

39. Barbosa LN, Rall VLM, Fernandes AAH, Ushimaru PI, da Silva Probst I,Fernandes Jr A. Essential oils against foodborne pathogens and spoilage bacteria inminced meat. Foodborne Pathog Dis. 2009;6(6):725-8.

40. Kraśniewska K, Kosakowska O, Pobiega K, Gniewosz M. The influence of twocomponent mixtures from Spanish Origanum oil with Spanish Marjoram oil orcoriander oil on antilisterial activity and sensory quality of a fresh cut vegetablemixture. Foods. 2020;9(12).

41. Alboofetileh M, Rezaei M, Hosseini H, Abdollahi M. Antimicrobial activity ofalginate/clay nanocomposite films enriched with essential oils against threecommon foodborne pathogens. Food Control. 2014;36(1):1-7.

42. Oliveira GDS, McManus C, Sousa HADF, Santos PHGDS, Dos Santos VM. AMini-Review of the Main Effects of Essential Oils from Citrus aurantifolia,Ocimum basilicum, and Allium sativum as Safe Antimicrobial Activity inPoultry. Animals. 2024;14(3).

43. Han Y, Sun Z, Chen W. Antimicrobial susceptibility and antibacterial mechanismof limonene against Listeria monocytogenes. Molecules. 2019;25(1).

Fundada em 2020, a Agron tem como missão ajudar profissionais a terem experiências imersivas em ciência e tecnologia dos alimentos por meio de cursos e eventos, além das barreiras geográficas e sociais.

Newsletter