Os olmecas (México, 1500 a.C.) cultivaram cacau primeiro. Maias e astecas criaram o “xocolatl”, bebida amarga. Cortés levou o chocolate à Espanha em 1528, onde foi adoçado. No século XIX, Van Houten criou o cacau em pó, originando o chocolate sólido. A Suíça adicionou leite (Peter) e refinou (Lindt). No Brasil, portugueses introduziram o cacau; Neugebauer fundou a 1ª fábrica em 1891.
A Moringa (Moringa oleifera), nativa da Índia cresce nas regiões tropicais e subtropicais do mundo e é uma planta altamente valorizada. Atualmente, utiliza-se na indústria de alimentos, farmacêutica e para outros fins industriais (1,2).
Antioxidantes são compostos bioativos que previnem a oxidação. Eles são
adicionados à carne para evitar a oxidação de lipídios, retardar sabores estranhos e
melhorar a estabilidade da cor. Antioxidantes sintéticos podem ser tóxicos e
carcinogênicos, levando a indústria a usar mais produtos naturais de plantas. Este
trabalho descreve o uso de antioxidantes naturais e seus efeitos em carnes, destacando
sua importância na segurança alimentar e aceitação pelos consumidores. A revisão
aborda antioxidantes naturais de frutas, condimentos e extratos vegetais, suas ações na
prevenção da oxidação de lipídios e proteínas, e no aumento do prazo de validade dos
produtos. Também discute suas fontes, formas de extração e incorporação em carnes.
Pesquisas recentes mostram que antioxidantes naturais (óleos essenciais, ácidos
fenólicos, flavonoides, terpenos, taninos) estão substituindo os sintéticos devido a
preocupações de saúde. Eles eliminam radicais livres e previnem reações de oxidação
em cadeia, minimizando os efeitos adversos da oxidação de lipídios e proteínas. As
principais fontes são frutas, vegetais e subprodutos vegetais. Esses antioxidantes
reduzem a oxidação da cor, lipídios e proteínas, mantendo a qualidade sensorial das
carnes em diferentes condições de armazenamento. No entanto, podem afetar outros
atributos de qualidade e a aceitação do produto pelos consumidores. Portanto, a
aplicação segura e eficiente desses antioxidantes requer conhecimento técnico e
cuidados específicos para manter a qualidade física e química das carnes sem prejudicar
a qualidade sensorial.
O desenvolvimento de revestimentos e filmes biodegradáveis para queijos tem
ganhado destaque na indústria alimentícia devido à necessidade de melhorar a
conservação e a segurança dos produtos, ao mesmo tempo em que se busca soluções
sustentáveis. Este artigo revisa os avanços recentes nesse campo, explorando materiais
como proteínas do soro de leite, amido e quitosana. Os revestimentos à base de soro de
leite se destacam por sua alta disponibilidade, baixo custo e propriedades nutricionais,
além de sua eficácia em reduzir a carga microbiana e minimizar a perda de peso dos
queijos. O amido, abundante e não tóxico, tem sido amplamente estudado por sua
capacidade de formar uma matriz contínua, melhorando as características sensoriais e a
vida útil dos produtos. A quitosana, por sua vez, é valorizada por suas propriedades
antimicrobianas e biodegradabilidade, sendo eficaz contra uma variedade de microorganismos. Estudos mostram que a incorporação de compostos bioativos, como óleos
essenciais e antioxidantes, potencializa ainda mais a eficácia desses revestimentos,
proporcionando uma barreira protetora que mantém a qualidade dos queijos durante o
armazenamento. A revisão conclui que o uso de bio embalagens inovadoras não apenas
prolonga a vida útil dos queijos, mas também contribui para a sustentabilidade
ambiental, oferecendo alternativas naturais aos conservantes sintéticos. Continuar a
pesquisa e o desenvolvimento de novas formulações é essencial para atender às
crescentes demandas por produtos lácteos de alta qualidade e seguros, beneficiando
consumidores e produtores.
O consumo in natura da couve-manteiga (Brassica oleracea acephala) vem
crescendo exponencialmente nos últimos anos, e do mesmo modo, cresce também a
preocupação com a higienização e sanitização dessa hortaliça, a fim de evitar surtos
alimentares. Hortaliças folhosas cruas são possíveis fontes de contaminação
microbiológica, causada principalmente por Salmonella sp. e Escherichia coli, assim
como possíveis contaminação por vírus, protozoários e helmintos, o que pode levar à
ocorrência de Doenças de Transmissão Hídrica e Alimentar (DTHA). Considerando o
crescente número de surtos de origem alimentar associados a alimentos frescos,
conhecer a qualidade microbiológica da couve manteiga crua, higienizada e sanitizada,
assim como, os melhores processos e sanitizantes, é de grande importância. Dentre os
diversos sanitizantes existentes, os compostos clorados, principalmente o hipoclorito,
são os mais utilizados como agentes de sanitização e desinfecção, porém seu uso não
pode ser indiscriminado devido seu risco cancerígeno. Agentes como o vinagre, ácidos
acéticos e ácido peracético ganharam aceitação por serem considerados tão eficazes
quanto o cloro, porém o ácido acético, como agente sanitizante, pode ter sua eficácia
limitada de acordo com o tipo de hortaliça tratada.
A bioacessibilidade é de extrema importância para compreender a fração de
compostos bioativos que se tornam disponíveis para absorção no trato gastrointestinal
humano. Dentre esses compostos, os fenólicos se destacam significativamente por seus
inúmeros benefícios à saúde, incluindo propriedades antioxidantes, anti-inflamatórias,
antidiabéticas e anticancerígenas. Esses compostos, amplamente encontrados em frutas,
vegetais e grãos, desempenham um papel crucial na prevenção de diversas doenças
crônicas e enfermidades graves, como o câncer, especialmente aqueles que afetam o
trato gastrointestinal. Para avaliar a bioacessibilidade desses compostos, são utilizados
métodos in vitro e in vivo que simulam a digestão, utilizando modelos estáticos e
dinâmicos. Esses métodos permitem uma análise detalhada e aprofundada dos processos
de absorção. Fatores como o processamento de alimentos, a composição da matriz
alimentar e as interações com outros nutrientes influenciam diretamente a
bioacessibilidade dos compostos fenólicos. Portanto, é essencial realizar pesquisas mais
aprofundadas para melhorar a compreensão dos mecanismos de bioacessibilidade e
otimizar a biodisponibilidade desses compostos bioativos.
Com o avanço da pandemia do patógeno Coronavírus SARS-CoV-2, causador
da doença Covid-19 (Coronavirus Disease), considerada hoje uma grande ameaça em
escala global, recomenda-se uma alimentação rica em propriedades funcionais no
combate e na prevenção dos agravos de sintomatologia dessa patologia. Sendo assim, o
objetivo do presente trabalho foi apresentar a importância das propriedades funcionais
de alguns alimentos regionais no aporte imunológico e no combate a síndrome
inflamatória causada pela Covid-19, através de uma revisão bibliográfica descritiva com
abordagem qualitativa da literatura científica, compreendendo o período de 2010 a
janeiro de 2021. Os resultados obtidos mostram que o aporte nutricional e propriedades
funcionais desses alimentos regionais melhora a função imune e auxilia no enfretamento
de inflamações, reduzindo a gravidade de doenças inflamatórias. Desta forma, controlar
a inflamação é uma estratégia efetiva para reduzir a gravidade da Covid-19, tais
alimentos são opções de suplementação no combate a processos inflamatórios
justamente por se tratar de antioxidantes e anti-inflamatórios natural. Diante disso
conclui-se que, os alimentos aqui abordados caracterizam-se como altamente nutritivos
e com uma grande capacidade para tratar diversas patologias. O provável potencial para
tratar a sintomatologia da Covid-19, incluindo ainda a Síndrome Respiratória Aguda
Grave, é justificado devido à presença significativa de vitaminas e minerais nos
alimentos, enfatizando suas características anti-inflamatória e antioxidante.
O café é uma das bebidas mais consumidas do mundo e o Brasil
destaca-se como maior produtor e exportador mundial. Vale salientar que o café é uma
bebida nutracêutico com propriedades nutricionais e farmacêutica, sendo rico em sais
minerais, lipídios, açúcares e aminoácidos, ácido clorogênicos e cafeína, além de
desempenhar diversas funções na saúde humana. Um consumo moderado de um café de
qualidade e numa torra adequada pode trazer diversos benefícios a saúde humana.
Estudos científicos realizados em diversos países do mundo demonstraram a ação
benéfica do café no combate de diversas doenças: depressão, tabagismo, mal de
Parkinson e Alzheimer, além de problemas cardíacos. No entanto, a ingestão excessiva
de café pode causar doenças estomacais, insônia e nervosismo, especialmente em
gestantes e crianças. Diante desse contexto, os autores tiveram o objetivo de realizar
uma revisão por meio de pesquisas bibliográficas, dos benefícios e malefícios do
consumo de café na saúde humana, destacando suas propriedades químicas e
farmacológicas deste famoso grão.vação.
A alface (Lactuca sativa) é suscetível à contaminação de microrganismos
patogênicos, com destaque para Escherichia coli, que representa um risco significativo
à segurança de alimentos. Essa bactéria pode ser introduzida na cadeia de produção de
alimentos por meio de água ou estrume contaminados em contato com as folhas. Este
estudo teve como objetivo modelar o crescimento de E. coli na parte vegetativa da
alface, sob diferentes temperaturas de armazenamento (10 °C, 15 °C, 20 °C e 25 °C),
utilizando o software ComBase para estimar os parâmetros de crescimento. O
tratamento de 10°C se mostrou superior se comparados aos demais, tendo uma fase lag
maior que os outros, que foi estimada de aproximadamente de 36 horas, mostrando que
o produto tem que ser armazenado depois de colhido e limpo. Os outros tratamentos a
fase lag foi menor de aproximadamente de 5 horas o que indica a deterioração do
produto em curto espaço de tempo. O estudo reforça a importância de armazenar
alimentos hortícolas em temperaturas controladas para prolongar sua qualidade e
segurança pós-colheita. Além disso, destaca a relevância do ComBase como uma
ferramenta fundamental para pesquisadores e indústrias alimentícias, oferecendo
informações valiosas sobre a deterioração de alimentos e contribuindo para o avanço de
estudos e estratégias de conservação.
A nutrição de vacas de alta produção é um desafio devido à variação nos
preços do leite e nos custos de ração, impactando as margens de lucro. O uso de aditivos
nutricionais, como bicarbonato de sódio, probióticos e óleos essenciais, oferece uma
solução para melhorar a eficiência alimentar sem aumentar os custos excessivamente.
Esses aditivos atuam na fermentação ruminal, otimizando o aproveitamento de
nutrientes e aprimorando a qualidade do leite. É crucial que a escolha e a administração
dos aditivos sejam baseadas em pesquisas científicas robustas, já que muitos produtos
no mercado podem não ter eficácia comprovada. Estudos mostram que aditivos podem
aumentar a produção de leite, melhorar sua composição nutricional e fortalecer a saúde
animal. Para obter bons resultados, é fundamental selecionar os aditivos certos, dosar
adequadamente, manter boas práticas de manejo e proporcionar um ambiente adequado
para o rebanho. Assim, é possível maximizar a produtividade e a qualidade do leite de
maneira eficiente e sustentável, sem comprometer a saúde e o bem-estar dos animais